sexta-feira, 25 de junho de 2010

Sobre sanidade, loucura e mania de bandaid

Eu estava aqui sentada, depois de assistir ao filme ‘’O Solista’’ pensando sobre algumas coisas da minha vida. Minhas considerações, minhas atitudes com as pessoas, acabei concluindo que eu tenho uma terrível mania de bandaid! Eu sei que no mundo existem verdades mil, mas enquanto a minha é volátil ao mesmo tempo me parece o curativo perfeito para colocar nas feridas de quem eu gosto. Não sei qual o sentido de colocar um bandaid numa ferida sem saber qual remédio deve-se passar antes, na realidade não se deve colocar curativo nenhum, pois abafa a ferida. Só depois que o cascão já se formou, o bandaid é colocado para evitar que magoe. Eu nunca sei a hora de colocar o bandaid, sou muito precipitada, não dou pra enfermeira de jeito nenhum.
Se eu fosse personagem de um conto, seria uma garota com roupas bufantes de enfermeira, tentando convencer todos a usar meu novo e não-testado bandaid. Só porque funcionou comigo não significa que vá funcionar com todo mundo, cada pessoa é única, preciso me convencer logo disso e guardar meus bandaids para mim. Se você quiser um, tenho bastante guardado.

Diante de um país onde a diversidade toma conta, cada vez mais, da sociedade, pensar o que se concebe aceitável, moralmente correto, é pensar na nossa percepção do que é estável e do que é um turbilhão desordenado de manifestações humanas. Todo Louco é aquele que perturba a estabilidade das coisas. É um destruidor da harmonia, seja ela saudável ou não. Daí, há de se pensar que a loucura é ruim? Sim, é ruim. É uma transgressão sem sentido. A harmonia é boa? Depende, e é esse o ponto a que quero chegar.
Quando há transgressão, o que a embasa é uma filosofia* diferente da que vigora na sociedade. O transgressor sente a necessidade de fazer da sua filosofia visível àqueles que compartilham o espaço, pois a filosofia que está não favorece de alguma forma a quem transgride. Todavia existe a transgressão que tem como fim apenas mudar um cenário, é parte da dinâmica da insatisfação humana. Comumente a transgressão é confundida com a loucura, as novas idéias são taxadas de lunáticas, as percepções que fogem ao **senso comum são apelidadas de ***‘’teoria da conspiração’’. A veracidade da loucura afirma-se com falta de sentido, ausência de qualquer filosofia que dê às ações humanas um mapa. Muitos atos de loucura foram cometidos milhares de vezes disfarçados de transgressão ou até de filosofia.
Quando o preconceito está incutido num discurso, tal é insano. O preconceito nada mais é do que a manipulação do sentimento humano através de argumentos aleatórios e frágeis, transmutados em opinião, quando as pessoas adotam algo assim, criam uma falsa harmonia, onde toda transgressão é ruim, o que é bem o oposto.
Quando alguém faz um julgamento, ele está realizando uma análise dentro da sua própria ótica, o que deixa qualquer pessoa que tente apontar outra forma de análise em segundo plano. Se não houver interesse em re-montar o pensamento, tudo que for dito não fará esse alguém sair da zona em que se encontra, mesmo que ele entenda irá ignorar.

O que esse papo de loucura e sanidade tem haver com meu problema com bandaid? É assim que eu vejo o mundo, sou uma transgressora, quero que vejam meus pensamentos, quero ajudar de algum modo e vou continuar com os meus bandaids, só que agora ficarão bem guardados, esperando que alguém me peça, para que eu possa testá-los, se funcionarem em mais alguém além de mim, espero que essa pessoa me diga, pra eu poder dividir o estoque.

*filosofia está com sentido de preceitos que regem a moral a ética e os costumes da pessoa ou grupo em debate.
**Senso comum significa pensamento generalizado em uma sociedade, normalmente simplista.
***Muitas vezes quando a situação é um alarde as pessoas tendem a rotulá-la como ‘’teoria da conspiração’’, sendo que tanto as notícias sensacionalistas quanto as que simplificam demais os fatos contém verdades.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Muito tempo muitas mudanças...

muita coisa mudou. Esse blog já teve três nomes, duas donas, uma dona, várias funções,várias reformulações, críticas, tentativas, erro erro erro. Em uma micro escala reflete esses três anos da minha vida o.o'' ...

Mudei tudo denovo.

A escola já não é mais como descrevi num post antigo que preservei aqui.

Pq eu não apaguei tudo e comecei do zero? Prefiro reciclar uma coisa que já fiz do que fingir que ela n existia e tentar outra. Talvez dessa vez de certo, talvez não... Ficam os posts antigos pra os leitores me escaldarem se quiserem =P

Eu não sou a mesma.

Minhas ideias estão mais desenvolvidas, o objetivo é me desenvolver mais.

Quando agente guarda um caderno e depois de anos vai ler tudo o que escrevemos. Vemos como éramos criancinhas que achavam-se suuper maduras!

Pelo menos eu era assim ''-_- ...

Vamos ver no que isso vai dar!